O grande conflito entre a Bíblia e o ateísmo
Versículos 1 e 2 — “E foi-me dada uma cana semelhante a uma vara; e chegou o anjo e disse: Levanta-te e mede o templo de Deus, e o altar, e os que nele adoram. E deixa o átrio que está fora do templo e não o meças; porque foi dado às nações, e pisarão a Cidade Santa por quarenta e dois meses.”
Apresentamos uma continuação das orientações que o anjo começou a dar a João no capítulo anterior; daí que esses versículos pertencem com razão a este capítulo e não deviam estar separados pela presente divisão. No último versículo do capítulo 10, o anjo confiou a João, como representante da igreja, uma nova missão. Em outras palavras, como já vimos, temos nesse versículo uma profecia da mensagem do terceiro anjo. A mensagem está relacionada com o templo de Deus no Céu, e tem o propósito de preparar certa classe de pessoas como adoradores.
A vara de medir — O templo aqui não pode significar a “igreja”, porque a igreja é apresentada em relação com este templo, constituindo “os que nele adoram”. O templo é, portanto, o templo literal no Céu, e os adoradores, a verdadeira igreja na Terra. Mas sem dúvida esses adoradores não devem ser medidos no sentido de se verificar a sua altura. Devem ser medidos como adoradores; e o caráter só pode ser medido por um padrão de justiça, uma lei ou um princípio de ação. Chegamos assim à conclusão de que o Decálogo, a norma que Deus nos deu para medir “o dever de todo homem”, está incluído na vara de medir posta pelo anjo nas mãos de João. No cumprimento dessa profecia sob a mensagem do terceiro anjo, a mesma Lei foi posta nas mãos da igreja. Essa é a norma pela qual os adoradores de Deus devem ser agora avaliados.
Depois de ver o que significa medir os que adoram no templo, perguntamos: Que quer dizer “medir” o templo? Para medir algum objeto requer-se que prestemos atenção especial a esse objeto. A ordem para se levantar e medir o templo de Deus é uma ordem profética dada à igreja para examinar de modo especial o assunto do templo ou santuário. Mas como se fará isso com uma vara de medir dada à igreja? Só com os Dez Mandamentos não seria possível fazê-lo. Porém, quando tomamos toda a mensagem, somos levados por ela a examinar o santuário celestial junto com os mandamentos de Deus e o ministério de Cristo. Por isso, concluímos que a vara de medir, tomada como um todo, é a mensagem especial dada à igreja, que abrange as grandes verdades particulares concernentes a este tempo, incluindo os Dez Mandamentos.
Esta mensagem chamou nossa atenção para o templo celestial, e por ela veio a luz e verdade sobre este assunto. Assim, medimos o templo e o altar, ou o ministério relacionado com o templo, a obra e a posição de nosso grande Sumo Sacerdote, e medimos os adoradores com a parte da vara que se refere ao caráter: o Decálogo [Dez Mandamentos].
“Mas deixa de parte o átrio exterior do santuário.” — Isso deve ser interpretado como a condução da atenção da igreja ao interior do templo e ao serviço ali realizado. Os assuntos pertencentes ao átrio são agora de menor importância. Foram dados aos gentios. O átrio se refere a esta Terra, pois com relação ao santuário, o átrio é o lugar onde se sacrificavam as vítimas cujo sangue devia ser lavado ao interior. A vítima antitípica [modelo a ser representado] devia morrer no átrio antitípico [átrio original, o modelo], e Cristo morreu no Calvário, na Judeia. Ao apresentar os gentios, a atenção do profeta é dirigida ao importante detalhe da apostasia gentílica, que ia pisar a santa cidade por quarenta e dois meses. Assim regressamos ao passado, e é chamada a nossa atenção para uma nova série de acontecimentos.
Versículo 3 — “Darei às minhas duas testemunhas que profetizem por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco.”
Esses dias são os mesmos que os quarenta e dois meses do versículo anterior, e se referem ao período de triunfo papal. ( texto incluído pela editora vida plena)
Este período de “mil duzentos e sessenta dias” são mencionados de diversas maneira nas
Escrituras. Apresenta-se de três formas:
• Como 1.260 dias neste versículo e em Apocalipse 12:6.• Como 42 meses em Apocalipse 11:2 e 13:5.• Como 3 ½ tempos em Daniel 7:25; 12:7 e Apocalipse 12:14.
Todas estas passagens referem-se ao mesmo período e podem calcular-se com facilidade. Um tempo é um ano, segundo Daniel 11:13. Um ano tem 12 meses, e um mês bíblico possui 30 dias. De modo que temos o seguinte:
• 1 ano de 12 meses, a 30 dias por mês = 360 dias
• 3 ½ tempos, de 360 dias = 1260 dias• 42 meses de 30 dias = 1260 dias
Sem dúvida, todos reconhecerão que o ano tem 12 meses, mas que o mês tenha 30 dias é algo que precisa talvez ser provado. Recebemos ajuda do relatório do dilúvio em Gênesis 7 e 8. Ali encontramos:
1. Que o dilúvio iniciou no dia 17 do segundo mês (Gênesis 7:11).2. Que as águas começaram a baixar no dia 17 do sétimo mês (Gênesis 8:4).3. Que o dilúvio durou 5 meses, desde o segundo mês até o sétimo.
A leitura de Gênesis 7:24 nos revela que “as águas durante cento e cinquenta dias predominaram sobre a terra.” Nosso cálculo mostrava cinco meses; o texto aqui menciona 150 dias; daí que cinco meses sejam iguais a 150 dias, ou seja, 30 dias por mês.
Aqui temos uma medida definida para calcular os períodos proféticos, se levamos em conta que em profecia um dia é igual a um ano literal. (trecho retirado na edição vida plena)
As duas testemunhas — Durante este tempo de 1.260 dias as duas testemunhas estão vestidas de saco, ou na obscuridade, e Deus dá-lhes poder para suportar e continuar dando seu testemunho através desse escuro e sombrio período. Mas quem ou que são estas testemunhas?
Versículo 4 — “Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra.”
Faz-se aqui uma referência clara a Zacarias 4:11-14, onde se explica que as duas oliveiras são tomadas para representar a palavra de Deus. Davi confirma: “A exposição das Tuas palavras dá luz.”. “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra, e luz para o meu caminho.” (Salmos 119:13, 105). O testemunho escrito é mais forte do que o oral. Jesus declarou acerca das Escrituras do Velho Testamento: “São elas que de Mim testificam.” (João 5:39).
Disse Jorge Croly:
As duas testemunhas são o Antigo e o Novo Testamento. [...] O propósito essencial das Escrituras é dar testemunho da misericórdia e verdade de Deus. Nosso Senhor ordena: “Examinais as Escrituras, porque [...] são elas mesmas que testificam de mim.” Ele disse isto aos judeus, descrevendo o caráter e o papel do Antigo Testamento. Mas o Novo Testamento também se destina a dar testemunho: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações” (Mateus 24:14) (Jorge Croly, The Apocalypse of St. John, p. 164). (Versão original) (trecho retirado na edição vida plena)
Essas declarações e considerações são suficientes para apoiar a conclusão de que o Antigo e o Novo Testamentos, aquele dado numa dispensação e este noutra, são as duas testemunhas de Cristo.
Versículo 5 — “Se alguém pretende causar-lhes dano, sai fogo da sua boca e devora os inimigos; sim, se alguém pretender causar-lhes dano, certamente, deve morrer.”
Fazer mal à palavra de Deus é opor-se ao seu testemunho, corrompê-lo ou pervertê-lo, e afastar dela o povo. Contra os que fazem essa obra, sai fogo da sua boca para os devorar, isto é, juízo de fogo é anunciado nessa Palavra contra eles. Declara que receberão finalmente a sua parte no lago que arde com fogo e enxofre (Malaquias 4:1; Apocalipse 20:15; 22:18 e 19).
Versículo 6 — “Elas têm autoridade para fechar o céu, para que não chova durante os dias em que profetizarem. Têm autoridade também sobre as águas, para convertê-las em sangue, bem como para ferir a terra com toda sorte de flagelos, tantas vezes quantas quiserem.”
Em que sentido essas duas testemunhas têm poder de fechar o céu, converter as águas em sangue, e ferir a Terra com pragas? Elias fechou o céu para que não chovesse durante três anos e meio, mas o fez por ordem do Senhor. Moisés, pela palavra do Senhor, transformou as águas do Egito em sangue. Da mesma forma como esses juízos relatados em Seu testemunho se realizaram, assim também se cumprirá toda ameaça e juízo que pronunciaram contra qualquer povo.
“Tantas vezes quantas quiserem” significa que toda predição de suas páginas que se refere a juízo e castigo, deve acontecer. Um exemplo disso o mundo ainda vai experimentar no derramamento das sete últimas pragas.
Versículos 7 e 8 — “E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e as vencerá, e as matará. E jazerá o seu corpo morto na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado.”
“‘Quando tiverem, então, concluído o testemunho’, isto é, ‘vestidas de pano de saco’. Terminou o tempo em que tinham que estar vestidas de pano de saco; ou, como expresso em outra parte, os dias da perseguição foram abreviados (Mateus 24:22), antes de expirar o período.
Em profecia, uma ‘besta’ significa um reino ou poder. (Ver Daniel 7:17 e 23). Levanta-se agora a pergunta: Quando deixaram as testemunhas de Deus de andar vestidas de pano de saco? E algum reino, tal como é descrito, lhes fez guerra no tempo de que se fala? Se formos corretos na fixação do ano 538 como o início do tempo em que as testemunhas andaram vestidas de pano de saco, e os 42 meses são 1.260 dias proféticos, ou anos, esse período nos leva a 1798. Mas por este tempo apareceu algum reino, como é descrito, e lhes fez guerra? Note-se que essa besta, ou reino, sobe do abismo, quer dizer, não tem nenhum fundamento. É um poder ateu, “espiritualmente Egito”. (Ver Êxodo 5:2: ‘Mas Faraó disse: Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tão pouco deixarei ir Israel’). Isso é ateísmo. Manifestou algum reino semelhante espírito por volta de 1798? Sim, a França, como nação negou a existência de Deus, e fez guerra à Monarquia do Céu.” [124]“No ano 1793, [...] por um ato solene da legislatura e do povo, o Evangelho foi abolido na França. Os ultrajes infligidos aos exemplares da Bíblia já não tinham importância; sua vida está em suas doutrinas, e a extinção delas é a extinção da Bíblia. Pelo decreto do governo francês que declarava que a nação não conhecia a Deus, os exemplares do Antigo e do Novo Testamento foram ‘mortos’ em todos os confins da França republicana. Mas não podiam falar das injúrias aos livros sagrados no saque geral de todo lugar de culto. Em Lion os exemplares foram amarrados na cauda de um asno e arrastados em uma procissão pelas ruas [...].Em 1º de novembro de 1793, Gobet, com os padres republicanos de Paris, tinha jogado no sótão e abjurado a religião. No dia 11 celebrou-se uma ‘grande festa’, dedicada à ‘Razão e a Verdade’ na catedral de Nossa Senhora, que fora profanada e denominada ‘Templo da Razão’. Ergueu-se no centro da igreja uma pirâmide coroada por um templo que tinha a inscrição ‘À Filosofia’. A tocha de ‘A Verdade’ estava sobre o altar de ‘A Razão’, transmitindo luz, etc. A Convenção Nacional e todas as autoridades assistiram a essa insultante cerimônia.” [125]
Sodoma espiritual — “‘Espiritualmente’ este poder ‘se chama Sodoma’. Qual foi o pecado característico de Sodoma? A licenciosidade [126]. Teve a França este caráter? Teve, a fornicação foi estabelecida por lei durante o período referido. ‘Espiritualmente’ nela ‘o seu Senhor também foi crucificado’. Foi isto verdade na França? Foi, em mais de um sentido. Primeiro, em 1572 uma conspiração foi feita na França para destruir todos os piedosos huguenotes; e, numa noite, 50 mil deles foram assassinados a sangue frio, e nas ruas de Paris correu literalmente sangue. Assim, nosso Senhor foi espiritualmente crucificado por meio das atrocidades cometidas contra os membros de Seu corpo místico — seus seguidores. Depois, a divisa dos infiéis franceses era “pisoteai o infame”, referindo-se a Cristo. Deste modo, pode-se dizer, mais uma vez, com verdade, ‘onde o seu Senhor foi crucificado’. O próprio espírito do abismo foi derramado sobre aquela nação. [...]
Mas a França ‘fez guerra’ à Bíblia? Sim; e em 1793 a Assembleia Francesa promulgou um decreto proibindo a Bíblia, e ao abrigo desse decreto as Bíblias foram reunidas e queimadas, cobertas de todos os possíveis sinais de desprezo, e abolidas todas as suas instituições doutrinárias. O dia de descanso semanal foi anulado e em seu lugar consagrado cada décimo dia à folia e à profanação [127] . O batismo e a comunhão foram abolidos. A existência de Deus foi negada e a morte considerada um sono eterno. A deusa da Razão, na pessoa de uma dissoluta mulher, foi proclamada e adorada publicamente. Há sem dúvida aqui um poder que corresponde exatamente à profecia.” [128]
Mas examinemos este ponto mais detidamente.
Versículo 9 — “Então, muitos dentre os povos, tribos, línguas e nações contemplam os cadáveres das duas testemunhas, por três dias e meio, e não permitem que esses cadáveres sejam sepultados.”
“A linguagem deste versículo descreve os sentimentos de outras nações estranhas à que ultrajava as testemunhas. Elas veriam que guerra a infiel França tinha feito à Bíblia, mas não seriam levadas a empenhar-se nacionalmente na ímpia obra, nem tolerariam que as mortas testemunhas fossem sepultadas, ou postas fora da vista entre elas, embora jazessem mortas três dias e meio, isto é, três anos e meio, na França. Não, a própria tentativa por parte da França serviu para levar por toda parte os cristãos a envidarem novos esforços em favor da Bíblia, como vamos ver.” [129]
Versículo 10 — “Os que habitam sobre a terra se alegram por causa deles, realizarão festas e enviarão presentes uns aos outros, porquanto esses dois profetas atormentaram os que moram sobre a terra.”
“Vemos aqui a alegria que sentiram os que odiavam a Bíblia, ou eram atormentados por ela. Durante algum tempo a alegria dos infiéis por toda parte foi grande. Mas ‘o júbilo [alegria] dos ímpios é breve’, e assim sucedeu na França, porque a sua guerra contra a Bíblia e o cristianismo bem cedo os tragou a todos. Pretenderam destruir as ‘duas testemunhas’ de Cristo, mas encheram a França de sangue e terror, de sorte que ficaram horrorizados com os resultados de suas próprias más ações, e se alegraram por tirar suas ímpias mãos da Bíblia.” [130]
Versículo 11 — “E, depois daqueles três dias e meio, o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre os pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.”
As testemunhas restauradas — “Em 1793, a Assembleia Francesa promulgou um decreto suprimindo a Bíblia. Justamente três anos depois apresentou à Assembleia uma resolução para suspender o decreto e dar tolerância às Escrituras. Essa resolução esteve na mesa durante seis meses, sendo então levantada e decretada sem nenhum voto contrário [131]. Assim, exatamente em três anos e meio, as testemunhas ‘puseram-se sobre seus pés e caiu grande temor sobre os que os viram’. Só os pavorosos resultados da rejeição da Bíblia podiam ter levado a França a tirar suas mãos destas testemunhas.” [132]
Em 17 de junho, Camilo Jordão, no “Conselho dos Quinhentos”, apresentou o memorável relatório sobre a “revisão das leis relativas ao culto religioso”. Consistia de algumas propostas, que aboliam igualmente as restrições republicanas ao culto papal eas restrições papais ao protestante. Tais propostas eram as seguintes:1. Que todos os cidadãos podiam comprar ou alugar edifícios para o livre exercício religioso.
2. Que todas as congregações podiam reunir-se ao toque dos sinos.3. Que nenhuma prova nem promessa de qualquer tipo que não se exigisse a outroscidadãos fosse exigida dos ministros daquelas congregações.4. Que qualquer pessoa que tentasse impedir ou por qualquer meio interromper o culto público fosse multada até em 500 libras, e não menos de 50; e se a interrupção provinhade autoridades constituídas, tais autoridades fossem multadas em uma soma dobrada.5. Que estivesse livre a todos os cidadãos a entrada às assembleias com propósito de culto religioso.6. Que todas as demais leis concernentes ao culto religioso fossem ab-rogadas. Estes regulamentos, pelo fato de abranger toda a situação dos cultos na França foram, na verdade, uma bênção particular para o protestantismo. O papado estava em vias de restauração. Mas o protestantismo, pisado sob as leis de Luís XIV, e sem apoio na fé popular, precisava do apoio direto do Estado para pôr-se em pé. O relatório parece ter como objetivo os ultrajes da igreja; as velhas proibições de celebrar culto público, depossuir lugares de culto, de ter ingressos, etc.
Desde aquele tempo a igreja esteve livre na França. [...]
A igreja e a Bíblia tinham estado mortas na França desde novembro de 1793 a junho de 1797. Havia transcorrido os três anos e meio; e a Bíblia, que havia sido reprimida por tanto tempo e com tanta severidade, ocupou um lugar de honra, e foi abertamente o livro do protestantismo livre (Jorge Croly, The Apocalypse of St. John, p. 181-183).(trecho retirado na edição vida plena)
Versículo 12 — “E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi cá. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram.”
“E subiram ao Céu” — Para compreender essa expressão, veja-se Daniel 4:22: “A tua grandeza cresceu, e chegou até o Céu.” Por aqui vemos que a expressão significa grande exaltação. Atingiram as Escrituras um estado de exaltação como é aqui indicado, desde que a França lhes fez guerra? Atingiram. Pouco depois foi organizada a Sociedade Bíblica Britânica (1804). Seguiu-se a Sociedade Bíblica Americana (1816), e estas, como as suas colaboradoras quase inumeráveis, estão espalhando por toda parte a Bíblia. “Em fins de dezembro de 1942, a Bíblia tem sido traduzida no total ou parcialmente em 1.058 idiomas ou dialetos”.
Nenhum outro livro se lhe aproxima em modicidade de preço ou em número de exemplares em circulação. A Sociedade Bíblica Americana, afirmou que publicou 7.696.739 Bíblias ou partes dela em 1940; 8.096.069 em 1941; e 6.254.642 em 1942. A Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira teve durante o ano que terminava em meados de 1941 uma circulação de 11.017.334 exemplares; e em 1942, de 7.120.000 Bíblias.
Um cálculo moderado faz subir o número a seis milhões de Bíblias impressas anualmente pelas casas comerciais. Daí a produção anual de exemplares da Bíblia ou partes dela tenha alcançado a enorme cifra de 25 a 30 milhões de exemplares por ano.
Desde sua organização até 1942, a Sociedade Bíblica Americana havia produzido 321.951.266 exemplares; e a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira havia alcançado até março de 1942, o total de 539.664.024 exemplares, ou seja, um total de 861.600.000 de exemplares produzidos por apenas estas duas sociedades. Em maio de 1940 a Sociedade Britânica disse: “Calcula-se que 9/10 dos dois milhões de habitantes do mundo agora podiam, se quisessem, ler a Bíblia em um idioma que entendem”. (trecho retirado na edição vida plena)
A Bíblia é exaltada acima de todo preço, como constituindo, depois do Seu Filho, a mais valiosa bênção dada por Deus ao homem, e o mais glorioso testemunho acerca de Seu Filho. Sim, pode-se dizer com verdade que as Escrituras “subiram ao Céu numa nuvem”, pois a nuvem é símbolo de elevação celestial.
Versículo 13 — “Naquela hora, houve grande terremoto, e ruiu a décima parte da cidade, e morreram, nesse terremoto, sete mil pessoas, ao passo que as outras ficaram sobremodo aterrorizadas e deram glória ao Deus do céu.”
“‘Que cidade? Ver capítulo 17:18: ‘E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis [reinos] da Terra’. Essa cidade é o poder romano papal. A França é um dos ‘dez chifres’ que entregaram ‘seu poder e autoridade à besta [papal]’, ou é um dos dez reinos que se levantaram do império ocidental de Roma, como é indicado pelos dez dedos da estátua de Nabucodonosor, pelos dez chifres’ do animal terrível e espantoso de Daniel (Daniel 7:24) e pelo dragão de João (Apocalipse 12:3). A França era, pois, ‘a décima parte da cidade’ e um dos mais fortes ministros da vingança papal, mas nessa revolução ‘caiu’, e com ela caiu o último mensageiro civil da fúria papal. ‘E no terremoto foram mortos sete mil homens [no original, nomes de homens, ou títulos humanos].’ Em sua revolução de 1789 em diante, a França fez guerra a todos os títulos da nobreza. [...] É dito por quem examinou os registros franceses, que justamente sete mil títulos humanos foram abolidos nessa revolução.‘E os demais ficaram muito atemorizados; e deram glória ao Deus do Céu.’ Desonrando a Deus e desafiando o Céu, encheram a França com tais cenas de sangue, carnificina e horror, que fizeram tremer e espantar os próprios infiéis, e ‘os demais’ que escaparam aos horrores dessa hora ‘deram glória a Deus’, não voluntariamente, mas porque o próprio Deus permitiu que essa ‘ira do homem O louvasse’, fazendo todo o mundo ver que quem faz guerra ao Céu cava sua própria sepultura. Assim, redundou glória a Deus pelos próprios meios empregados pelos ímpios para apagar essa glória.” [133] [134]
Versículo 14 — “Passou o segundo ai. Eis que, sem demora, vem o terceiro ai.”
As trombetas são reatadas — É aqui reatada a série das sete trombetas. O segundo ai terminou com a sexta trombeta em 11 de agosto de 1840, e o terceiro ai ocorre no período da sétima trombeta, que começou em 1844.
Onde nos encontramos, pois? “Eis”, isto é, note-se bem, “que o terceiro ai cedo virá.” As terríveis cenas do segundo são passadas, e estamos agora no toque da trombeta que traz consigo o terceiro e último ai. Estamos ainda à espera de paz e segurança, de um milênio temporal, de mil anos de justiça e prosperidade? Oremos antes fervorosamente ao Senhor para que desperte o mundo sonolento.
Versículos 15-17 — “E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seu trono, diante de Deus, prostraram-se sobre seu rosto e adoraram a Deus, dizendo: Graças Te damos, Senhor, Deus Todo-poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o Teu grande poder e reinaste.”
Desde o versículo 15 até o fim do capítulo, parece-nos que são apresentados, desde o toque do sétimo anjo até o fim, três tempos distintos. Nos versículos aqui citados, o profeta olha adiante para o estabelecimento completo do reino de Deus. Posto que a sétima trombeta tenha começado a soar, não pode ainda ser um fato que as grandes vozes no Céu tenham proclamado que os reinos deste mundo viessem a ser de nosso Senhor e do Seu Cristo, a não ser em antecipação do rápido cumprimento deste acontecimento. Mas a sétima trombeta, como as seis precedentes, abrange um período de tempo, e a transferência dos reinos dos poderes terrestres para Aquele que tem o direito de reinar é o principal acontecimento que deve ocorrer nos primeiros anos do seu toque. Por isso, este acontecimento, com exclusão de qualquer outro, atrai aqui a mente do profeta. (Ver comentários ao versículo 19). No versículo seguinte João retrocede e apresenta os acontecimentos intercalados nos seguintes termos:
Versículo 18 — “E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.”
“As nações se enfureceram” — Começando com a espantosa revolução da Europa em 1848, essa espontânea explosão de violência entre as nações, seu ciúme e inveja, têm aumentado constantemente. Quase todos os jornais nos mostram o terrível grau de excitação em que se encontram e quão tensas se tornaram as relações entre elas.
Estas são palavras exatas de um professor da Universidade de Harvard:
O que transcorreu do século XX foi o período mais sangrento e um dos mais turbulentos, e portanto, um dos mais cruéis e menos humanitários em toda a história da civilização ocidental, e talvez nas crônicas da humanidade em geral (Pitirin A. Sorokin, Social and Cultural Dynamics, vol. 3, p. 487). (trecho retirado na edição vida plena)
“Chegou, porém, a Tua ira” — A ira de Deus para com a presente geração será totalizada e concluída nas sete últimas pragas (Apocalipse 15:1), devendo, por conseguinte, ser aqui referida, a qual em breve há de ser derramada sobre a Terra.
“E o tempo dos mortos, para que sejam julgados” — A grande maioria dos mortos, ou seja, os ímpios, estão ainda em suas sepulturas depois da visitação das pragas e do fim desta era. Uma obra de juízo, de atribuir a cada um o castigo devido aos seus pecados, é efetuada em referência a eles pelos santos, juntamente com Cristo, durante o milênio que segue à primeira ressurreição (1 Coríntios 6:2; Apocalipse 20:4). Como este juízo dos mortos se segue à ira de Deus, ou às sete últimas pragas, parece necessário referi-lo ao milênio do julgamento dos ímpios, mencionado acima, porque o juízo investigativo toma lugar antes de as pragas serem derramadas.
“E o tempo de dares o galardão aos profetas, Teus servos” — Estes receberão a recompensa na vinda de Cristo, porque Ele traz consigo o galardão (Mateus 16:27; Apocalipse 22:12). A plena recompensa dos santos, porém, só será alcançada quando entrarem na posse da nova Terra (Mateus 25:34).
O castigo dos ímpios — “E de destruíres os que destroem a Terra”, referindo-se ao tempo em que todos os ímpios serão para sempre devorados pelos fogos purificadores que sobre eles descerão do Céu da parte de Deus, e que fundirão e renovarão a Terra (2 Pedro 3:7; Apocalipse 20:9). Por aqui ficamos sabendo que a última trombeta atinge o fim dos mil anos. É um pensamento alegre e aterrorizante, ao mesmo tempo! Que a trombeta que está agora soando há de presenciar a destruição final dos ímpios, e os santos, revestidos de uma imortalidade gloriosa, postos em segurança na Terra renovada.
Versículo 19 — “E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos, e grande saraiva.”
O templo aberto — Mais uma vez o profeta nos faz voltar ao começo da trombeta. Depois de introduzir a sétima trombeta no versículo 15, o primeiro grande acontecimento que chama a atenção do vidente é a transferência do reino do domínio terrestre para o celeste. Deus assume Seu grande poder, e para sempre esmaga a rebelião deste revoltado planeta, estabelece Cristo no Seu próprio trono e Ele próprio permanece supremo sobre tudo. Completado este quadro, nos apresenta no verso 18, o estado das nações, o juízo que sobre elas há de cair, e o destino final tanto dos santos como dos pecadores. Examinando este campo de visão, somos levados uma vez mais a retroceder no versículo que temos debaixo dos olhos, e a nossa atenção é chamada para o final do sacerdócio de Cristo, a última cena na obra de misericórdia em favor de um mundo culpado.
O templo está aberto, bem como o segundo compartimento do santuário. Sabemos que este é o lugar santíssimo, porque aí se vê a arca, e só nesse compartimento estava depositada a arca. Isto teve lugar no fim dos 2.300 dias em que o santuário devia ser purificado (Daniel 8:14). Os períodos proféticos expiraram e o sétimo anjo começou a tocar. Desde 1844 o povo de Deus tem visto pela fé a porta aberta no Céu e a arca do testamento de Deus ali. Tem procurado guardar todos os preceitos da santa Lei escrita nas tábuas ali depositadas. Que se encontram ali as tábuas da Lei, exatamente como na arca do tabernáculo construído por Moisés, é evidente pelos termos que João emprega ao descrever a arca. Chama-a de “arca do Seu concerto.”
A arca era chamada “do concerto”, ou testamento, porque fora construída para a expressa finalidade de conter as tábuas do testemunho ou dos Dez Mandamentos (Êxodo 25:16; 31:18; Deuteronômio 10:2 e 5). Não era destinada a nenhum outro uso, e devia o seu nome apenas ao fato de conter as tábuas da Lei. Se as tábuas não estivessem ali, não seria a arca do testamento de Deus, nem com verdade poderia ser assim chamada. João, porém, contemplando a arca no Céu, sob o som da última trombeta, chamou-a ainda a “arca da Sua aliança”, apresentando uma prova irrefutável de que a Lei está ainda ali, sem a alteração de um jota ou til da cópia que por certo tempo foi confiado ao cuidado dos homens na arca representativa que ficava no tabernáculo terrestre, durante o tempo de Moisés.
Os seguidores da palavra profética receberam também a cana [135] , e estão medindo o templo, o altar e os que nele adoram (versículo 1). Estão anunciando a sua última profecia perante nações, povos e línguas (Apocalipse 10:11). E em breve terminará o drama com os relâmpagos, trovões, vozes, terremotos e grande saraiva, que constituirão a última convulsão dos elementos da Natureza antes de todas as coisas serem renovadas agora, quando o milênio iniciar. (Apocalipse 21:5). (Ver comentário sobre Apocalipse 16:17-21).
Referências bibliográficas
[125]CROLY, Jorge. The Apocalypse of St. John, pp. 175-177.
[126] Licenciosidade: Desregramento moral e sexual; depravação.
[127] O autor se refere à semana de dez dias, criada durante a Revolução Francesa. O calendário revolucionário francês ou calendário republicano foi criado pela Convenção Internacional em 1792, durante a Revolução Francesa (1789) para simbolizar a quebra com a ordem antiga e o início de uma nova era na história da humanidade. Este calendário tinha características marcadamente anticlericais e passou a basear-se nos fenômenos da natureza. Era um calendário de base solar composto de doze meses de 30 dias, distribuídos em três semanas de dez dias (decâmeros ou décadas). Para completar o ano, havia mais 5 dias (6 nos anos bissextos) para alinhar o calendário com o Ano trópico. Os dias de cada década recebem o nome de primidi, duodi, trididi, quartidi, quintidi, sextidi, septidi, octidi, nonidi e decadi. O dia foi dividido em dez horas que se subdividiam em cem partes (como minutos), as quais se subdividiam em mais cem (como segundos). Essa subdivisão mínima equivalia a 0,864 segundos. Conforme essa subdivisão, o presente horário de, por exemplo, 14:31:51 horas seria no calendário revolucionário 6:05:45 horas. Cada hora do Calendário Revolucionário equivale a 2h 24 min convencionais. A divisão do dia em base decimal jamais foi usada na prática, tendo sido abolida oficialmente em 1795. Cada dia tinha uma designação única, que só se repetiria no ano seguinte, com nomes de plantas, flores, frutas, animais e pedras. Aos 365 dias acrescentava-se um dia complementar e um sexto a cada quadriênio, consagrados à celebração de festas republicanas. O ano começava no equinócio de outono (22 de setembro, no hemisfério norte), data da proclamação da República francesa e os nomes dos meses eram baseados nas condições climáticas e agrícolas das estações em cada mês na França. Os nomes dos dias e dos meses foram concebidos pelo poeta Fabre d'Églantine com auxílio do jardineiro do Jardim das Plantas de Paris. Os criadores pretendiam que essas denominações fossem de natureza universal. Eram, porém, real e fortemente inspiradas no país de origem. O primeiro mês chamava-se vindemiário (em referência a Víndima ou colheita de uvas), seguiam-se o brumário (relativo à bruma ou nevoeiro), o frimário (mês das geadas ou frimas em francês), o nivoso (referente à neve), o pluvioso (chuvoso), o ventoso, o germinal (relativo à germinação das sementes), o floreal (mês das flores), o pradial (em referência a prados), o messiador (nome originário de messis, palavra latina que significa colheita), o termidor (referente ao calor) e o frutidor (relativo aos frutos); como cada mês tinha trinta dias, sobravam cinco dias no final do ano (de 17 a 21 de setembro): eram os dias dos sans-culottes, considerados feriados nacionais:
No outono:
Vindemiário (vendémiaire): 22 de setembro a 21 de outubro
Brumário (brumaire): 22 de outubro a 20 de novembro
Frimário (frimaire): 21 de novembro a 20 de dezembro
No inverno:
Nivoso (nivôse): 21 de dezembro a 19 de janeiro
Pluvioso (pluviôse): 20 de janeiro a 18 de fevereiro
Ventoso (ventôse): 19 de fevereiro a 20 de março
Na primavera:
Germinal: 21 de março a 19 de abril
Floreal (floréal): 20 de abril a 19 de maio
Pradial (prairial): 20 de maio a 18 de junho
No verão:
Messidor: 19 de junho a 18 de julho
Termidor (thermidor): 19 de julho a 17 de agosto
Frutidor: 18 de agosto a 20 de setembro.
A data da revolução, o 14 de julho, era nesse calendário o 26 Messidor, dia de nome “Sauge” (em português Sálvia).
Esse calendário só vigorou de 22 de setembro de 1792 a 31 de dezembro de 1805, quando
Napoleão Bonaparte ordenou o restabelecimento do Calendário Gregoriano, e também durante a Comuna de Paris. Fonte: < https://goo.gl/jMZtGQ> Acesso em 13 set. 2015.
[128] STORRS, George. Midnight Cry, 4 de maio de 1843, vol. 4, p. 47.
[129] Idem.
[130] Idem.
[131] A Convenção Nacional aboliu toda a religião na França em 26 de novembro de 1793 e restabeleceu-a em 17 de junho de 1797. “A sociedade popular da seção do Museu faz ciente que os cidadãos desta seção têm dado boa conta de todos os livros da superstição e da mentira. Livros de missa e de oração, Antigos e Novos Testamentos têm expiado numa grande fogueira as tolices que a raça humana foi levada a cometer.” — Gazette Nationale, 14/11/1793.
“Reanimem essa tão poderosa Lei! Deem a todos os cultos divinos a capacidade para restaurá-la [a Lei] em todos os corações e então vocês não precisarão mais de todo este farrapo de instituições, de ordenanças e de castigos. Pouco terá que fazer o legislador, porque os homens serão bons. As leis não são mais do que um suplemento à moralidade dos povos. Não. Pensar proibir todo o culto religioso na França, ou permitir aqui um só culto, semelhante pensamento, depois das sangrentas experiências que temos feito, é um pensamento ímpio. fiquem, pois, seguros hoje todos os nossos concidadãos, católicos e protestantes, juramentados e não juramentados, que a vontade do legislador, como é também o ardente desejo da lei, é que todos sigam a religião que o seu coração escolheu. Formulo hoje o voto já declarado anteriormente de que todos os cultos sejam livres na França.” — Gazette Nationale, 22/06/1797.
[132] Idem.
[133] Ibidem, p. 48.
[134] Os seguintes trechos deveras curiosos (feitos cerca de cem anos antes dos acontecimentos) são de Pedro Jurieu, pastor da igreja protestante em Rotterdam (1637-1713): “Os corpos das ‘duas testemunhas jazerão na rua da grande cidade’. Deve-se observar que no texto não está ‘nas ruas’, como se lê na tradução francesa; está ‘na rua’, no singular. E não posso deixar de crer que isto tem que ver muito particularmente com a França, que neste dia é certamente o país mais eminente que pertence ao reino papal. O seu rei é chamado o filho mais velho da igreja, o rei cristianíssimo, ou seja, o mais papista, conforme o dialeto de Roma. Os reis da França, pelas suas liberalidades, têm feito os papas grandes neste dia; é o estado mais florescente da Europa. Encontra-se no meio do império papal, entre a Itália, Espanha, Alemanha, Inglaterra, exatamente como uma rua ou praça, isto é, quase tão longa como larga. Numa palavra, é o lugar ou ‘a rua da grande cidade’. E eu creio que é particularmente na França que as duas testemunhas deverão permanecer mortas, quer dizer, que a profissão da verdadeira religião será completamente abolida. A verdade será morta, mas não sepultada. O sepultamento vem após a morte e está ligado com tal corrupção e destruição. E assim não é um ofício de caridade que é negado a essas duas testemunhas, mas um grau de ruína de que estão isentas. E observe-se quem são os que impedem o seu sepultamento. Não são os mesmos que a mataram. Os que a mataram são os habitantes da rua da grande cidade, isto é, os que habitam na parte mais eminente do reino papal, a qual neste momento é a França. Os que impedem o seu sepultamento são as tribos, línguas, povos e nações, quer dizer, várias nações vizinhas. Estou convencido que estes três dias e meio são três anos e meio, são 1.260 anos, tomando um ano para cada dia. São, portanto, três anos e meio, durante os quais a profissão externa da verdade deve ser completamente suprimida e depois dos quais será de novo levantada para a vida. Observe-se que o terremoto, quer dizer, uma grande alteração de coisas na terra do papismo, deve por esse tempo acontecer à decima parte da cidade. Mas qual é a decima parte da cidade que vai cair? Segundo a minha opinião não podemos duvidar que é a França. Este reino é a maior parte, ou porção, dos dez chifres, ou estados que uma vez compuseram a grande cidade babilônica. [...] Esta décima parte da cidade há de cair com relação ao papado. Há de romper com Roma ou com a religião romana.” — The Accomplishment of the Prophecies — Peter Jurieu, part 2, chaps. 12 and 13 — London, 1687. Também dizia o seguinte, o Dr. J. Mather (1710): “No tempo em que passar o segundo ‘ai’ vai haver um grande terremoto. Nesse momento um dos dez reinos, sobre os quais tem reinado o Anticristo, cairá. Há nesse dia um grande terremoto entre as nações. Pode ser o reino da França essa décima parte da cidade que vai cair. Talvez venhamos a ouvir de uma tremenda revolução ali. Saberemos então que o reino de Cristo está perto.” — Discourse Concerning Faith and Fervency in Prayer. Dr. J. Mather, p. 97. London, 1710.
[135] Cana: Neste caso, cânon ou “vara de medir”. Pode ser traduzido também por “régua”.
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