Versículos 1-3 — “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus Lhe deu para mostrar aos Seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo Seu anjo as enviou e as notificou a João, Seu servo, o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.”
O título do livro — Os tradutores da Bíblia deram a este livro o título de Apocalipse do Apóstolo S. João [Almeida, Revista e Corrigida, 1995], Apocalipse de João [Almeida, Revista e Atualizada, 1993]. Mas ao fazê-lo, contradizem as primeiras palavras do próprio livro, que declara ser a “Revelação de Jesus Cristo”. Jesus Cristo é o Revelador, e não João. João é apenas o instrumento usado por Cristo para escrever esta revelação destinada a beneficiar Sua igreja. Este João é o discípulo a quem Jesus amou e favoreceu entre os doze. Foi evangelista, apóstolo e o autor do Evangelho e das epístolas que levam o seu nome. Aos títulos anteriores deve-se acrescentar o de profeta, porque o Apocalipse é uma profecia, e assim o denomina João. Mas o conteúdo deste livro procede de uma fonte ainda mais elevada. Não é apenas a revelação de Jesus Cristo, mas a revelação que Deus Lhe deu. Sua origem é, em primeiro lugar, a grande Fonte de toda a sabedoria e verdade: Deus, o Pai; Ele a comunicou a Jesus Cristo, o Filho; e Cristo enviou-a por Seu anjo a João, Seu servo.
O caráter do livro — A característica deste livro está expressa na palavra “Revelação”. Uma revelação é algo manifesto ou dado a conhecer, não algo encoberto ou oculto. Moisés nos diz que “as coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus; porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre.” (Deuteronômio 29:29). Portanto, o próprio título do livro rejeita efetivamente a opinião geral de que este livro faz parte dos mistérios de Deus e não pode ser compreendido. Se fosse assim, teria o título de “Mistério” ou
“Livro Oculto”, e não o de “Revelação”.
“Livro Oculto”, e não o de “Revelação”.
Seu objetivo — “Para mostrar aos Seus servos as coisas que em breve devem acontecer”. Quem são Seus servos? A quem foi dada a revelação? Seriam algumas pessoas específicas, algumas igrejas em particular, ou algum período especial? Não; é para toda a igreja em todo o tempo, enquanto houver eventos específicos a serem cumpridos. É para todos os que podem reclamar o título de “Seus servos” onde e quando quer que existam.
Deus diz que deu esta profecia para mostrar a Seus servos as coisas que iriam acontecer, e, no entanto, muitos comentadores da Sua palavra nos dizem que ninguém a pode compreender! É como se Deus pretendesse tornar conhecidas aos homens importantes verdades e, ao mesmo tempo caísse na insensatez terrena de revesti-las de linguagem ou figuras incompreensíveis para a mente humana! É como se mandasse a uma pessoa olhar para um objeto distante, e logo levantasse uma barreira impenetrável entre essa pessoa e o objeto, ou como se desse a Seus servos uma luz para guiá-los através das trevas da noite, e cobrisse essa luz com um pano tão espesso que não deixasse passar um único raio de seu resplendor. Como desonram a Deus os que assim brincam com Sua palavra! Não, o Apocalipse realizará o objetivo para o qual foi dado, e “Seus servos” conhecerão, por seu intermédio, “as coisas que em breve devem acontecer” e que dizem respeito à sua salvação eterna.
Deus diz que deu esta profecia para mostrar a Seus servos as coisas que iriam acontecer, e, no entanto, muitos comentadores da Sua palavra nos dizem que ninguém a pode compreender! É como se Deus pretendesse tornar conhecidas aos homens importantes verdades e, ao mesmo tempo caísse na insensatez terrena de revesti-las de linguagem ou figuras incompreensíveis para a mente humana! É como se mandasse a uma pessoa olhar para um objeto distante, e logo levantasse uma barreira impenetrável entre essa pessoa e o objeto, ou como se desse a Seus servos uma luz para guiá-los através das trevas da noite, e cobrisse essa luz com um pano tão espesso que não deixasse passar um único raio de seu resplendor. Como desonram a Deus os que assim brincam com Sua palavra! Não, o Apocalipse realizará o objetivo para o qual foi dado, e “Seus servos” conhecerão, por seu intermédio, “as coisas que em breve devem acontecer” e que dizem respeito à sua salvação eterna.
Seu anjo — Cristo enviou o Apocalipse e o notificou a João através de “Seu anjo”. Parece que aqui se trata de um anjo em particular. Que anjo poderia com propriedade chamar-se “o anjo de Cristo”? Já encontramos a resposta a esta pergunta em nosso estudo, nos comentários sobre Daniel 10:21. Chegamos ali à conclusão de que as verdades destinadas a ser reveladas a Daniel foram confiadas exclusivamente a Cristo e a um anjo chamado Gabriel. Assim, como ao comunicar uma importante verdade ao profeta amado, também é a obra de Cristo no Apocalipse — é a transmissão de uma importante verdade ao “discípulo amado”. Quem pode ser Seu anjo nesta obra a não ser aquele que ajudou a Daniel na obra profética anterior, a saber, o anjo Gabriel? Pareceria também apropriado que o mesmo anjo encarregado de comunicar mensagens ao profeta amado do Velho Testamento, desempenhasse a mesma função em relação com o profeta João na era evangélica. (Ver comentários sobre Apocalipse 19:10).
Uma bênção ao leitor — “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia.” Haverá alguma bênção, tão direta e categórica, pronunciada sobre a leitura e observância de qualquer outra porção da Palavra de Deus? Como isso nos estimula a estudá-la! Diremos que não se pode compreender? Seria lógico oferecer uma bênção para o estudo de um livro que não nos beneficiaria? Deus pronunciou a Sua bênção sobre o leitor desta profecia, pôs o selo da Sua aprovação sobre um fervoroso estudo das suas páginas maravilhosas. Com esse estímulo de fonte divina, o filho de Deus não se deixará atingir por mil contra-ataques dos homens.
Todo cumprimento da profecia exige deveres. No Apocalipse há coisas que devem ser guardadas e cumpridas. Há deveres a realizar como resultado da compreensão e do cumprimento da profecia. Um notável exemplo desta classe pode-se ver no capítulo 14:12, onde lemos: “Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus.”
“O tempo está próximo”, escreve João, e ao dizê-lo, nos oferece outro motivo para estudar seu livro. Torna-se cada vez mais importante à medida que nos aproximamos da grande consumação. Com referência a este ponto oferecemos os pensamentos impressionantes de outro escritor:
“O tempo está próximo”, escreve João, e ao dizê-lo, nos oferece outro motivo para estudar seu livro. Torna-se cada vez mais importante à medida que nos aproximamos da grande consumação. Com referência a este ponto oferecemos os pensamentos impressionantes de outro escritor:
“Com o passar do tempo, aumenta a importância de estudar o Apocalipse. Nele há coisas que logo devem acontecer. [...] Já quando João registrou as palavras de Deus, o testemunho de Jesus Cristo e todas as coisas que viu, o longo período dentro do qual essas sucessivas cenas se deviam realizar, estava próximo. A primeira de toda a sucessiva série estava a ponto de cumprir-se. Se sua proximidade constituía, então, motivo para estudar o seu conteúdo, quanto mais agora! Cada século que passa, cada ano que transcorre, intensifica a urgência com que devemos prestar atenção a esta parte final da Escritura Sagrada. E, porventura, não reforça ainda mais a razão de ser desta observação a intensidade do apego de nossos contemporâneos às coisas terrenas? Certamente, nunca houve uma época em que uma poderosa influência contrária fosse mais necessária. O Apocalipse de Jesus Cristo, devidamente estudado, apresenta uma adequada influência corretiva. Como seria bom que todos os cristãos pudessem, na mais ampla medida, receber a bênção prometida àqueles que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas, porque o tempo está próximo.”[2]
A dedicação — Depois da bênção, temos a dedicação nestas palavras:
Versículos 4-6 — “João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz sejam convosco da parte dAquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete Espíritos que estão diante do Seu trono; e da parte de Jesus Cristo, que é a Fiel Testemunha, o primogênito dos mortos e o Príncipe dos reis da Terra. Àquele que nos ama, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e Seu Pai, a Ele, glória e poder para todo o sempre. Amém!”
As igrejas da Ásia — Havia mais de sete igrejas na Ásia, mesmo na parte ocidental do continente, conhecida por Ásia Menor. E se considerarmos o território ainda mais restrito, a saber, aquela pequena parte da Ásia Menor, onde estavam situadas as sete igrejas que são mencionadas, notamos que no meio delas havia outras igrejas importantes. Colossos, a cujos cristãos Paulo dirigiu a sua epístola aos Colossenses, estava a pouca distância de Laodiceia. Patmos, onde João teve sua visão, situava-se mais perto de Mileto que de qualquer das igrejas mencionadas. Além disso, Mileto era um centro importante do cristianismo, considerando-se que Paulo permaneceu ali por um tempo, e mandou chamar os anciãos da igreja de Éfeso para o encontrarem nesse lugar. (Atos 20:17-38). Ali deixou em boas mãos cristãs a Trófimo, seu discípulo doente (2 Timóteo 4:20). Trôas, onde Paulo passou um tempo com os discípulos, e de onde, depois de ter esperado passar o sábado, iniciou a sua viagem, não estava longe de Pérgamo, cidade nomeada entre as sete igrejas.
Torna-se, pois, interessante determinar por que é que sete dentre as igrejas da Ásia Menor foram escolhidas como aquelas às quais o Apocalipse foi dedicado. Acaso a saudação do Apocalipse, capítulo 1 se dirige apenas às sete igrejas literais nomeadas? E ocorre o mesmo com os conselhos a elas endereçados em Apocalipse 2 e 3? Descrevem coisas que ali existiam então ou retratam apenas o que iria suceder mais tarde? Não podemos chegar a essa conclusão por boas e sólidas razões:
(1) Todo o livro de Apocalipse é dedicado às sete igrejas (Apocalipse 1:3, 11 e 19; 22:18 e 19). O livro não era mais aplicável a elas do que a outros cristãos da Ásia Menor, como por exemplo, os que habitavam no Ponto, na Galácia, na Capadócia e na Bitínia, a quem Pedro dirigiu sua epístola (1 Pedro 1:1); ou aos cristãos de Colossos, Trôas e Mileto, localizados no meio das igrejas nomeadas.
Apenas uma pequena parte do livro podia referir-se individualmente às sete igrejas, ou a quaisquer cristãos do tempo de João, porque a maioria dos acontecimentos que apresenta estava tão longe no futuro, que não iriam ocorrer durante a geração que então vivia, e nem ainda no tempo de vida dessas igrejas. Por isso, as igrejas específicas não tinham nada que ver com tais eventos.
Torna-se, pois, interessante determinar por que é que sete dentre as igrejas da Ásia Menor foram escolhidas como aquelas às quais o Apocalipse foi dedicado. Acaso a saudação do Apocalipse, capítulo 1 se dirige apenas às sete igrejas literais nomeadas? E ocorre o mesmo com os conselhos a elas endereçados em Apocalipse 2 e 3? Descrevem coisas que ali existiam então ou retratam apenas o que iria suceder mais tarde? Não podemos chegar a essa conclusão por boas e sólidas razões:
(1) Todo o livro de Apocalipse é dedicado às sete igrejas (Apocalipse 1:3, 11 e 19; 22:18 e 19). O livro não era mais aplicável a elas do que a outros cristãos da Ásia Menor, como por exemplo, os que habitavam no Ponto, na Galácia, na Capadócia e na Bitínia, a quem Pedro dirigiu sua epístola (1 Pedro 1:1); ou aos cristãos de Colossos, Trôas e Mileto, localizados no meio das igrejas nomeadas.
Apenas uma pequena parte do livro podia referir-se individualmente às sete igrejas, ou a quaisquer cristãos do tempo de João, porque a maioria dos acontecimentos que apresenta estava tão longe no futuro, que não iriam ocorrer durante a geração que então vivia, e nem ainda no tempo de vida dessas igrejas. Por isso, as igrejas específicas não tinham nada que ver com tais eventos.
É dito que as sete estrelas que estavam na mão direita do Filho do homem são os anjos das sete igrejas (versículo 20). Sem dúvida, todos concordam que os anjos das igrejas são os ministros das igrejas. O fato de estarem na mão direita do Filho do homem indica o poder mantenedor, a guia e a proteção a eles concedidos. Mas havia apenas sete na Sua mão direita. São apenas sete ministros que recebem cuidados especiais do grande Mestre das assembleias? Não poderão todos os verdadeiros ministros de todos os tempos evangélicos obterem desta representação o consolo de saber que são sustentados e guiados pela mão direita do grande Cabeça da igreja? Esta parece ser a única conclusão lógica possível de chegar.
Além disso, João, olhando para a dispensação cristã, viu o Filho do homem no meio dos sete castiçais, que representavam sete igrejas. A posição do Filho do homem entre eles deve significar a Sua presença com Seus filhos, o Seu cuidado vigilante sobre eles e a Sua investigadora visão de todas as suas obras. Mas, Ele conhece apenas sete igrejas individuais? Não poderemos antes concluir que esta cena representa a Sua posição relativamente a todas as Suas igrejas durante todo o período evangélico, dos dias de Jesus até os nossos? Então, por que são mencionadas apenas sete? O número sete é usado na Bíblia para significar a plenitude e a perfeição. Portanto, os sete castiçais representam a igreja evangélica através de sete períodos, e as sete igrejas podem receber a mesma aplicação.
Por que foram escolhidas as sete igrejas mencionadas em particular? Sem dúvida, pelo fato de seus nomes, segundo as definições das palavras, apresentarem as características religiosas daqueles períodos da dispensação evangélica que respectivamente deviam representar.
Portanto, compreende-se facilmente que “as sete igrejas” não representam simplesmente as sete igrejas literais da Ásia que foram mencionadas, mas sete períodos da igreja cristã, desde os dias dos apóstolos até o fim do tempo da graça. (Ver comentários de Apocalipse 2:1).
Por que foram escolhidas as sete igrejas mencionadas em particular? Sem dúvida, pelo fato de seus nomes, segundo as definições das palavras, apresentarem as características religiosas daqueles períodos da dispensação evangélica que respectivamente deviam representar.
Portanto, compreende-se facilmente que “as sete igrejas” não representam simplesmente as sete igrejas literais da Ásia que foram mencionadas, mas sete períodos da igreja cristã, desde os dias dos apóstolos até o fim do tempo da graça. (Ver comentários de Apocalipse 2:1).
A fonte da bênção — “Da parte dAquele que é, que era e que há de vir”, ou que há de ser, é uma expressão que neste caso se refere a Deus, o Pai, pois o Espírito Santo e Cristo são mencionados separadamente no contexto imediato.
Os sete Espíritos — Provavelmente esta expressão não se refere a anjos, mas ao Espírito de Deus. É uma das fontes de graça e paz para a igreja. Acerca do interessante assunto dos sete Espíritos, observa Thompson: “Isto é, do Espírito Santo, denominado ‘os sete Espíritos’, porque sete é um número sagrado e perfeito; pois esta designação não lhe é dada [...] para indicar pluralidade interior, mas a plenitude e perfeição dos Seus dons e operações.”[3] Albert Barnes diz: “O número sete pode ter sido dado, portanto, ao Espírito Santo com referência à diversidade ou a plenitude das Suas operações nas almas humanas, e à Sua múltipla atuação nos acontecimentos do mundo, como será posteriormente desenvolvido neste livro.”[4]
O Seu trono — Refere-se ao trono de Deus Pai, porque Cristo não ascendeu ainda ao Seu próprio trono. Os sete Espíritos diante do trono, talvez indiquem “ao fato de o Divino Espírito estar, por assim dizer, pronto para ser enviado, de acordo com uma representação comum nas Escrituras, para cumprir propósitos importantes nos assuntos dos homens.”[5]
“E da parte de Jesus Cristo” — São aqui mencionadas algumas das principais características que pertencem a Cristo. Ele é “a Fiel Testemunha”. O Seu testemunho é sempre verdadeiro. Tudo o que promete cumprirá, com certeza.
“O Primogênito dos mortos” — É uma expressão paralela a outras encontradas em 1 Coríntios 15:20 e 23; Hebreus 1:6; Romanos 8:29 e Colossenses 1:15 e 18, e são aplicadas a Cristo, expressões como “as Primícias dos que dormem”, “o Primogênito no mundo”, “o Primogênito entre muitos irmãos”, “o Primogênito de toda a criação”, “o Primogênito de entre os mortos”. Mas estas expressões não indicam que Ele foi o primeiro a ressuscitar, do ponto de vista do tempo, porque antes dEle outros ressuscitaram. Além disso, este é um ponto sem importância. Cristo é a figura principal e central de todos os que saíram da sepultura, porque foi em virtude da vinda, obra e ressurreição de Cristo que alguns ressuscitaram antes dEle. No propósito de Deus, Ele foi o primeiro tanto do ponto de vista de tempo como de importância, porque embora alguns foram libertos do poder da morte antes dEle, isso não ocorreu senão depois de o propósito do triunfo de Cristo sobre a sepultura ter sido formado na mente de Deus, que “chama as coisas que não são como se já fossem” (Romanos 4:17), e foram libertos em virtude daquele grande propósito que devia realizar-se no seu devido tempo.
Cristo é “o Príncipe dos reis da Terra”. Em certo sentido Cristo o é agora. Paulo informa-nos em Efésios 1:20 e 21 que Ele foi posto à direita de Deus nos lugares celestiais, “acima de todo o principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo o nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro.” Os mais honrados nomes neste mundo são os de príncipes, reis, imperadores e potentados. Mas Cristo foi posto acima deles. Está sentado com Seu Pai no trono de domínio universal, com Ele governando e dirigindo todas as nações da Terra. (Apocalipse 3:21).
Num sentido mais particular, Cristo há de ser Príncipe dos reis da Terra quando subir ao Seu próprio trono, e os reinos do mundo passarem a ser “de nosso Senhor e do Seu Cristo”, quando forem entregues em Suas mãos pelo Pai, trazendo em Suas vestes o título de “Rei dos reis e Senhor dos senhores”, para despedaçar as nações como a um vaso de oleiro (Apocalipse 19:16; 2:27; Salmos 2:8 e 9).
Além disso, fala-se de Cristo como Aquele “que nos ama, e, pelo Seu sangue nos libertou dos nossos pecados.” Talvez cremos que recebemos muito amor de nossos amigos e parentes terrenos — pai, mãe, irmãos, ou amigos íntimos — mas vemos que nenhum amor é digno desse nome comparado com o amor de Cristo por nós. A frase seguinte intensifica o significado das palavras anteriores: “E, pelo Seu sangue, nos lavou dos nossos pecados.” Que amor teve por nós! Disse o apóstolo: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” (João 15:13). Mas Cristo provou o Seu amor para conosco, morrendo por nós, “sendo nós ainda pecadores.”
E há algo mais ainda: “E nos fez reis e sacerdotes para Deus e Seu Pai.” Nós, os que éramos leprosos pelo pecado, fomos purificados; os que éramos inimigos, fomos não só feitos amigos, mas elevados a posições de honra e dignidade. Que amor incomparável! Que provisão sem par fez Deus para que fôssemos purificados do pecado! Consideremos por um momento por um momento o serviço do santuário e seu belo significado. Quando um pecador confessa os pecados e recebe o perdão, Cristo os desfaz, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Nos livros do Céu onde estão registrados, são cobertos pelo sangue de Cristo, e se a pessoa que se converteu a Deus se mantiver fiel à sua profissão de fé, estes pecados jamais serão revelados, mas serão destruídos pelo fogo que purificará a Terra ao serem consumidos pecado e pecadores. Disse o profeta Isaías: “Lançaste para trás de ti todos os meus pecados.” (Isaías 38:17) Então será aplicada a declaração feita por Jeremias ao Senhor: “dos seus pecados jamais Me lembrarei.” (Jeremias 31:34)
Não é de admirar que João, o discípulo amante e amado, atribuísse a este Ser que tanto fez por nós, glória e domínio para todo o sempre.
Num sentido mais particular, Cristo há de ser Príncipe dos reis da Terra quando subir ao Seu próprio trono, e os reinos do mundo passarem a ser “de nosso Senhor e do Seu Cristo”, quando forem entregues em Suas mãos pelo Pai, trazendo em Suas vestes o título de “Rei dos reis e Senhor dos senhores”, para despedaçar as nações como a um vaso de oleiro (Apocalipse 19:16; 2:27; Salmos 2:8 e 9).
Além disso, fala-se de Cristo como Aquele “que nos ama, e, pelo Seu sangue nos libertou dos nossos pecados.” Talvez cremos que recebemos muito amor de nossos amigos e parentes terrenos — pai, mãe, irmãos, ou amigos íntimos — mas vemos que nenhum amor é digno desse nome comparado com o amor de Cristo por nós. A frase seguinte intensifica o significado das palavras anteriores: “E, pelo Seu sangue, nos lavou dos nossos pecados.” Que amor teve por nós! Disse o apóstolo: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos” (João 15:13). Mas Cristo provou o Seu amor para conosco, morrendo por nós, “sendo nós ainda pecadores.”
E há algo mais ainda: “E nos fez reis e sacerdotes para Deus e Seu Pai.” Nós, os que éramos leprosos pelo pecado, fomos purificados; os que éramos inimigos, fomos não só feitos amigos, mas elevados a posições de honra e dignidade. Que amor incomparável! Que provisão sem par fez Deus para que fôssemos purificados do pecado! Consideremos por um momento por um momento o serviço do santuário e seu belo significado. Quando um pecador confessa os pecados e recebe o perdão, Cristo os desfaz, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Nos livros do Céu onde estão registrados, são cobertos pelo sangue de Cristo, e se a pessoa que se converteu a Deus se mantiver fiel à sua profissão de fé, estes pecados jamais serão revelados, mas serão destruídos pelo fogo que purificará a Terra ao serem consumidos pecado e pecadores. Disse o profeta Isaías: “Lançaste para trás de ti todos os meus pecados.” (Isaías 38:17) Então será aplicada a declaração feita por Jeremias ao Senhor: “dos seus pecados jamais Me lembrarei.” (Jeremias 31:34)
Não é de admirar que João, o discípulo amante e amado, atribuísse a este Ser que tanto fez por nós, glória e domínio para todo o sempre.
Versículo 7 — “Eis que vem com as nuvens, e todo olho O verá, até os mesmos que O traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele. Sim! Amém!”
Aqui João nos transporta à frente, para a segunda vinda de Cristo em glória, o acontecimento culminante da Sua intervenção em favor deste mundo caído. Veio uma vez revestido de fraqueza, agora volta em poder; antes veio em humilhação, agora em glória. Vem nas nuvens, como subiu (Atos 1:9 e 11).
Sua vinda é visível — “Todo olho O verá”. Todos os que estiverem vivos por ocasião da Sua vinda. Não somos informados de que a vinda pessoal de Cristo terá lugar no silêncio da meia noite, ou só no deserto, ou no interior das casas. Não virá como ladrão, no sentido de vir a este mundo discretamente, em segredo e em silêncio. Mas virá buscar o Seu tesouro mais precioso, Seus santos que dormem e que vivem, comprados com o Seu precioso sangue, aos quais resgatou do poder da morte em combate aberto e justo; e para estes Sua vinda não será menos aberta e triunfante. Será com o brilho e resplendor do relâmpago quando brilha do oriente ao ocidente (Mateus 24:27). Será como som de trombeta que penetrará até às mais ocultas profundezas da Terra, e com uma voz potente que despertará os santos que dormem nos seus leitos de pó (Mateus 24:31; 1 Tessalonicenses 4:16). Surpreenderá os ímpios como ladrão, porque insistentemente fecharam os olhos aos sinais da Sua aproximação e se recusaram a crer nas declarações de Sua Palavra de que Ele se aproximava. Com relação ao segundo advento, não há base nas Escrituras para a representação que fazem alguns de duas vindas, uma privada e outra pública.
“Até quantos O traspassaram” — Além de “todo olho”, como foi mencionado, há uma referência especial aos que desempenharam um papel mais ativo na tragédia da Sua morte, e isso indica que O verão voltar à Terra em triunfo e glória. Mas como sucederá isso? Se não estão vivos agora, como poderão vê-lO quando vier? Haverá uma ressurreição dos mortos. Este é o único meio de voltar à vida depois de descer ao sepulcro. Mas como é que esses ímpios estarão vivos nessa altura, visto que a ressurreição geral dos ímpios só terá lugar mil anos depois do segundo advento? (Apocalipse 20:1-6).
A esse respeito, Daniel diz:
A esse respeito, Daniel diz:
“Nesse tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro. Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno.” (Daniel 12:1 e 2).
Aqui nos é apresentada uma ressurreição parcial, uma ressurreição de certa classe de justos e de ímpios. Ocorre antes da ressurreição geral de cada um desses grupos. Então serão despertados muitos dos que dormem, não todos; quer dizer, alguns dos justos para a vida eterna, e alguns dos ímpios para vergonha e desprezo eterno. Esta ressurreição acontece em relação com o grande tempo de angústia qual nunca houve antes da vinda do Senhor. Não podem os que “O traspassaram” estar entre esses que irão ressuscitar para vergonha e desprezo eterno? Não viria a propósito que aqueles que se envolveram na maior humilhação do Senhor, bem como outros notáveis inimigos na rebelião contra Ele, ressuscitarem para contemplar Sua terrível majestade quando vier triunfante, como lavareda de fogo, para tomar vingança dos que não conhecem a Deus e não obedecem ao Seu evangelho?
A resposta da igreja é: “Assim seja. Amém”. Embora esta vinda de Cristo seja para os ímpios uma cena de terror e destruição, é para os justos uma cena de alegria e triunfo. Essa vinda, que é como uma lavareda de fogo, para tomar vingança dos ímpios, traz consigo o repouso para todos os que creem (2 Tessalonicenses 1:6-10). Todos os que amam a Cristo saúdam, como alegres notícias de grande alegria, todas as declarações e sinais da Sua vinda.
A resposta da igreja é: “Assim seja. Amém”. Embora esta vinda de Cristo seja para os ímpios uma cena de terror e destruição, é para os justos uma cena de alegria e triunfo. Essa vinda, que é como uma lavareda de fogo, para tomar vingança dos ímpios, traz consigo o repouso para todos os que creem (2 Tessalonicenses 1:6-10). Todos os que amam a Cristo saúdam, como alegres notícias de grande alegria, todas as declarações e sinais da Sua vinda.
Versículo 8 — “Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.”
Aqui fala outra pessoa que não é João. Ao declarar quem é, usa duas das mesmas características — “o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim” — encontradas em Apocalipse 22:13, onde, segundo os versículos 12 e 16 daquele capítulo, é claramente Cristo quem fala. Concluímos, pois, que Cristo é quem fala no versículo 8.
Versículo 9 — “Eu, João, que também sou vosso irmão e companheiro na aflição, e no Reino, e na paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da Palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo.”
Aqui o assunto muda, porque João introduz o lugar e as circunstâncias sob as quais lhe foi dada a revelação. Primeiramente apresenta-se como um irmão da igreja universal, e seu companheiro nas aflições. Nesta passagem João evidentemente faz referência ao futuro reino de glória. Introduz o pensamento de que a tribulação faz parte do preparo necessário para entrar no reino de Deus. Esta ideia se apoia em textos como estes: “Através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14:22). “Se sofrermos, também com ele reinaremos” (2 Timóteo 2:12). É verdade que enquanto vivem na carne, os crentes em Cristo têm acesso ao trono da graça. Ao trono da graça é que somos levados quando nos convertemos, porque Deus “nos transportou para o reino do Filho do Seu amor” (Colossenses 1:13). Mas no segundo advento do Salvador, quando o reino da glória for inaugurado, os santos que agora são membros do reino da graça, ao serem libertos do presente século mau, terão acesso ao trono de Sua glória. Então as tribulações terão terminado, e os filhos de Deus se alegrarão na luz da presença do Rei dos reis por toda a eternidade.
O lugar de onde escreveu — Patmos é uma ilha pequena e estéril perto da costa ocidental da Ásia Menor, entre a ilha de Icária e o pontal de Mileto, onde, no tempo de João se encontrava a mais próxima igreja cristã. Tem cerca de dezesseis quilômetros de comprimento e uns dez de largura máxima. Seu nome atual é Patmos. A costa é íngreme e consta de uma sucessão de cabos que formam muitos portos. O único usado hoje é uma profunda baía cercada por altos montes de todos os lados, exceto um, onde é protegida por uma saliência. A aldeia ligada a este porto está situada num monte elevado e rochoso, que se ergue à margem do mar. A cerca de meio caminho do monte em que está edificada a aldeia, nota-se uma gruta natural na rocha, onde, segundo a tradição, João teve a sua visão e escreveu o Apocalipse. Devido ao seu caráter agreste e isolado, esta ilha era usada durante o Império Romano como lugar de exílio. Isso nos explica por que João foi banido para ali. Este exílio do apóstolo foi por volta de 94 d.C., sob o Imperador Domiciano, de maneira que o Apocalipse foi escrito em 95 ou 96.
A causa do exílio — “Por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus.” Esse foi o grande delito e crime de João. O tirano Domiciano, revestido então com a púrpura imperial de Roma, era mais eminente por seus vícios do que por sua própria posição civil, e recuou diante desse idoso mas destemido apóstolo. Não ousou permitir a publicação do Evangelho em seu reino. Expulsou a João para a solitária ilha de Patmos, onde se podia dizer que estava fora do mundo como se estivesse morto. Depois de encerrá-lo naquele árido lugar, e de condená-lo ao cruel trabalho nas minas, o imperador pensou, sem dúvida, ter eliminado o pregador da justiça, e que o mundo não mais ouviria falar dele.
Assim pensavam também os perseguidores de John Bunyan[6] quando o encerraram na prisão de Bedford. Mas quando o homem pensa ter sepultado a verdade em eterno esquecimento, o Senhor dá-lhe uma ressurreição com decuplicada glória e poder. Da escura e estreita cela de Bunyan brotou um resplendor de luz espiritual, graças à “Viagem do Peregrino”, que durante quase trezentos anos alimentou os interesses do Evangelho. Da estéril ilha de Patmos, onde Domiciano pensava ter apagado pelo menos uma tocha da verdade, surgiu a mais admirável revelação de todo o cânon sagrado, para derramar sua divina luz sobre todo o mundo cristão até o fim do tempo. Quantos dos que reverenciaram e dos que haviam de reverenciar o nome do discípulo amado por suas arrebatadoras visões da glória celeste, desconheceram o nome do monstro que causou o seu exílio! Em verdade, na vida atual se aplicam por vezes as palavras das Escrituras, que declaram que “o justo ficará em memória eterna”, mas “o nome dos ímpios apodrecerá” (Salmos 112:6; Provérbios 10:7).
Assim pensavam também os perseguidores de John Bunyan[6] quando o encerraram na prisão de Bedford. Mas quando o homem pensa ter sepultado a verdade em eterno esquecimento, o Senhor dá-lhe uma ressurreição com decuplicada glória e poder. Da escura e estreita cela de Bunyan brotou um resplendor de luz espiritual, graças à “Viagem do Peregrino”, que durante quase trezentos anos alimentou os interesses do Evangelho. Da estéril ilha de Patmos, onde Domiciano pensava ter apagado pelo menos uma tocha da verdade, surgiu a mais admirável revelação de todo o cânon sagrado, para derramar sua divina luz sobre todo o mundo cristão até o fim do tempo. Quantos dos que reverenciaram e dos que haviam de reverenciar o nome do discípulo amado por suas arrebatadoras visões da glória celeste, desconheceram o nome do monstro que causou o seu exílio! Em verdade, na vida atual se aplicam por vezes as palavras das Escrituras, que declaram que “o justo ficará em memória eterna”, mas “o nome dos ímpios apodrecerá” (Salmos 112:6; Provérbios 10:7).
Versículo 10 — “Achei-me em espírito, no dia do Senhor [7], e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta.”
Em espírito — Embora João estivesse expulso e separado de todos os que professavam a mesma fé e quase exilado do mundo, não estava separado de Deus, nem de Cristo, nem do Espírito Santo, nem dos anjos. Continuava tendo comunhão com o seu divino Senhor. A expressão “em espírito” parece indicar o mais sublime estado de elevação espiritual a que uma pessoa pode ser levada pelo Espírito de Deus. Nesta circunstância, João entrou em visão.
No dia do Senhor — A que dia faz referência esta designação?
(1) Uma classe afirma que a expressão “o dia do Senhor” abrange toda a dispensação cristã e não significa um dia de 24 horas.
(2) Outra classe defende que o dia do Senhor é o dia do juízo, o futuro “dia do Senhor”, mencionado com frequência nas Escrituras.
(3) A terceira opinião é que a expressão se refere ao primeiro dia da semana.
(4) Ainda outra classe sustenta que significa o sétimo dia, o sábado do Senhor.
(1) Uma classe afirma que a expressão “o dia do Senhor” abrange toda a dispensação cristã e não significa um dia de 24 horas.
(2) Outra classe defende que o dia do Senhor é o dia do juízo, o futuro “dia do Senhor”, mencionado com frequência nas Escrituras.
(3) A terceira opinião é que a expressão se refere ao primeiro dia da semana.
(4) Ainda outra classe sustenta que significa o sétimo dia, o sábado do Senhor.
(1) Em resposta à primeira destas posições, basta dizer que o livro do Apocalipse é datado por João, na ilha de Patmos, e isso no dia do Senhor. O autor, o lugar onde foi escrito e o dia em que foi datado, têm uma existência real e não apenas simbólica ou mística. Mas se dizemos que o dia significa a dispensação cristã, lhe damos um significado simbólico ou místico que não é admissível. Por que precisaria João explicar que escrevia no “dia do Senhor” se a expressão significava a dispensação cristã? É conhecido o fato de que o Apocalipse foi escrito uns sessenta anos depois da morte de Cristo.
(2) A segunda opinião, de que é o dia do juízo, não pode ser correta. Embora João tivesse uma visão acerca do dia do juízo, não poderia tê-la nesse dia, pois estava ainda no futuro. A palavra grega traduzida por [em], quando se refere a tempo, foi definida por Thayer assim: “Períodos ou porções de tempo nos quais sucede algo, em, durante.” Nunca significa acerca de ou sobre. Sendo assim, os que relacionam esta expressão com o dia do juízo contradizem a linguagem usada, fazendo-a significar acerca de, em vez de, ou fazem João afirmar uma estranha mentira, dizendo que teve uma visão na ilha de Patmos, há dezenove séculos, no dia do juízo, que era ainda futuro.
(3) O terceiro ponto de vista, o mais generalizado, iguala “o dia do Senhor” com o primeiro dia da semana. Mas faltam as provas de que está certo. O próprio texto não define a expressão “dia do Senhor”, por isso, se significa o primeiro dia da semana, devemos procurar noutra parte da Bíblia a prova de que esse dia da semana é sempre assim designado. Os únicos outros escritores inspirados que falam do primeiro dia são Mateus, Marcos, Lucas e Paulo, e o designam simplesmente como “primeiro dia da semana”. Nunca falam dele, distinguindo-o como superior a um dos outros seis dias de trabalho. E isto é notável, para o ponto de vista popular, pois três deles falam desse dia no próprio tempo em que se acredita ter-se tornado o dia do Senhor devido ao fato de a ressurreição de Cristo ter ocorrido nele, e dois deles mencionam-no cerca de trinta anos depois desse acontecimento.
É dito que “dia do Senhor” era a expressão usual para o primeiro dia da semana no tempo de João, mas perguntamos: Onde está a prova disso? Não se pode encontrar. Na verdade, temos provas em contrário. Se esta fosse a designação universal do primeiro dia da semana quando o Apocalipse foi escrito, o próprio autor devia certamente chamá-lo assim em todos os seus escritos posteriores. Mas João escreveu o Evangelho depois de ter escrito o Apocalipse, e, contudo, no Evangelho ele chama o primeiro dia da semana não de “dia do Senhor”, mas simplesmente como “o primeiro dia da semana”. O leitor que quiser provas de que o Evangelho foi escrito depois do Apocalipse, as encontrará nos escritores que são autoridades no assunto.
A declaração em favor do primeiro dia fica mais categoricamente refutada pelo fato de que nem Deus nem Cristo jamais exigiram o primeiro dia como Seu, em sentido diferente do atribuído a qualquer dos outros dias de trabalho. Nenhum deles jamais foi chamado santo. Se devesse se chamar dia do Senhor porque nele Cristo ressuscitou, sem dúvida a Inspiração nos teria informado disso. Se na ausência de qualquer instrução referente à ressurreição chamarmos “dia do Senhor” ao dia em que ela ocorreu, por que não daríamos o mesmo nome aos dias em que se efetuaram a crucifixão e a ascensão, que para o plano redentor representam eventos tão essenciais como a ressurreição?
(4) Tendo sido refutadas as três posições já examinadas, a quarta, a saber, a que identifica o dia do Senhor como o sábado reclama a nossa atenção. Em favor deste ponto de vista podem-se dar as provas mais claras. Quando no princípio Deus deu ao homem seis dias na semana para trabalhar, expressamente reservou para Si o sétimo dia, colocando nele a Sua bênção e reclamando-o como Seu santo dia (Gênesis 2:1-3). Moisés disse a Israel no deserto de Sin, no sexto dia da semana: “Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor” (Êxodo 16:23). Chegamos ao Sinai, onde o grande Legislador proclamou os Seus preceitos morais com terrível solenidade; e nesse supremo código assim reclama o Seu santo dia: “O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus [...] porque em seis dias fez o Senhor os céus, e a Terra, o mar, e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou: portanto abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou.”
Pelo profeta Isaías, oitocentos anos mais tarde, falou Deus nos seguintes termos: “Se desviares o teu pé de profanar o Sábado, e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia [...] então te deleitarás no Senhor” [itálicos acrescentados] (Isaías 58:13 e 14).
Chegamos aos tempos do Novo Testamento, e Aquele que é Um com o Pai declara expressamente: “O Filho do homem até do sábado é Senhor” (Marcos 2:28). Pode alguém negar que o dia que Ele enfaticamente declarou que era do Senhor seja de fato o dia do Senhor? Vemos assim que, quer esse título se refira ao Pai quer ao Filho, nenhum outro dia pode ser chamado “dia do Senhor” senão o sábado do grande Criador.
Na dispensação cristã há um dia distinto acima dos outros dias da semana como sendo o “dia do Senhor”. Quão completamente este fato nega a pretensão de alguns que afirmam não haver sábado nesta dispensação, mas que todos os dias são iguais! Ao chamá-lo “dia do Senhor”, o apóstolo deu-nos, próximo ao fim do primeiro século, a aprovação apostólica à observância do único dia que pode ser chamado “o dia do Senhor”, que é o sétimo dia da semana.
Quando Cristo estava na Terra, indicou claramente qual era Seu dia ao dizer: “O Filho do homem até do sábado é Senhor” (Mateus 12:8). Se tivesse dito: “O Filho do homem até do primeiro dia da semana é Senhor”, não seria isso hoje apresentado como prova concludente de que o primeiro dia da semana é o dia do Senhor? Certamente que sim e com boa razão. Portanto, deve reconhecer-se como válido o mesmo argumento para o sétimo dia, em relação ao qual foram pronunciadas estas palavras.
(2) A segunda opinião, de que é o dia do juízo, não pode ser correta. Embora João tivesse uma visão acerca do dia do juízo, não poderia tê-la nesse dia, pois estava ainda no futuro. A palavra grega traduzida por [em], quando se refere a tempo, foi definida por Thayer assim: “Períodos ou porções de tempo nos quais sucede algo, em, durante.” Nunca significa acerca de ou sobre. Sendo assim, os que relacionam esta expressão com o dia do juízo contradizem a linguagem usada, fazendo-a significar acerca de, em vez de, ou fazem João afirmar uma estranha mentira, dizendo que teve uma visão na ilha de Patmos, há dezenove séculos, no dia do juízo, que era ainda futuro.
(3) O terceiro ponto de vista, o mais generalizado, iguala “o dia do Senhor” com o primeiro dia da semana. Mas faltam as provas de que está certo. O próprio texto não define a expressão “dia do Senhor”, por isso, se significa o primeiro dia da semana, devemos procurar noutra parte da Bíblia a prova de que esse dia da semana é sempre assim designado. Os únicos outros escritores inspirados que falam do primeiro dia são Mateus, Marcos, Lucas e Paulo, e o designam simplesmente como “primeiro dia da semana”. Nunca falam dele, distinguindo-o como superior a um dos outros seis dias de trabalho. E isto é notável, para o ponto de vista popular, pois três deles falam desse dia no próprio tempo em que se acredita ter-se tornado o dia do Senhor devido ao fato de a ressurreição de Cristo ter ocorrido nele, e dois deles mencionam-no cerca de trinta anos depois desse acontecimento.
É dito que “dia do Senhor” era a expressão usual para o primeiro dia da semana no tempo de João, mas perguntamos: Onde está a prova disso? Não se pode encontrar. Na verdade, temos provas em contrário. Se esta fosse a designação universal do primeiro dia da semana quando o Apocalipse foi escrito, o próprio autor devia certamente chamá-lo assim em todos os seus escritos posteriores. Mas João escreveu o Evangelho depois de ter escrito o Apocalipse, e, contudo, no Evangelho ele chama o primeiro dia da semana não de “dia do Senhor”, mas simplesmente como “o primeiro dia da semana”. O leitor que quiser provas de que o Evangelho foi escrito depois do Apocalipse, as encontrará nos escritores que são autoridades no assunto.
A declaração em favor do primeiro dia fica mais categoricamente refutada pelo fato de que nem Deus nem Cristo jamais exigiram o primeiro dia como Seu, em sentido diferente do atribuído a qualquer dos outros dias de trabalho. Nenhum deles jamais foi chamado santo. Se devesse se chamar dia do Senhor porque nele Cristo ressuscitou, sem dúvida a Inspiração nos teria informado disso. Se na ausência de qualquer instrução referente à ressurreição chamarmos “dia do Senhor” ao dia em que ela ocorreu, por que não daríamos o mesmo nome aos dias em que se efetuaram a crucifixão e a ascensão, que para o plano redentor representam eventos tão essenciais como a ressurreição?
(4) Tendo sido refutadas as três posições já examinadas, a quarta, a saber, a que identifica o dia do Senhor como o sábado reclama a nossa atenção. Em favor deste ponto de vista podem-se dar as provas mais claras. Quando no princípio Deus deu ao homem seis dias na semana para trabalhar, expressamente reservou para Si o sétimo dia, colocando nele a Sua bênção e reclamando-o como Seu santo dia (Gênesis 2:1-3). Moisés disse a Israel no deserto de Sin, no sexto dia da semana: “Amanhã é repouso, o santo sábado do Senhor” (Êxodo 16:23). Chegamos ao Sinai, onde o grande Legislador proclamou os Seus preceitos morais com terrível solenidade; e nesse supremo código assim reclama o Seu santo dia: “O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus [...] porque em seis dias fez o Senhor os céus, e a Terra, o mar, e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou: portanto abençoou o Senhor o dia do sábado e o santificou.”
Pelo profeta Isaías, oitocentos anos mais tarde, falou Deus nos seguintes termos: “Se desviares o teu pé de profanar o Sábado, e de cuidar dos teus próprios interesses no Meu santo dia [...] então te deleitarás no Senhor” [itálicos acrescentados] (Isaías 58:13 e 14).
Chegamos aos tempos do Novo Testamento, e Aquele que é Um com o Pai declara expressamente: “O Filho do homem até do sábado é Senhor” (Marcos 2:28). Pode alguém negar que o dia que Ele enfaticamente declarou que era do Senhor seja de fato o dia do Senhor? Vemos assim que, quer esse título se refira ao Pai quer ao Filho, nenhum outro dia pode ser chamado “dia do Senhor” senão o sábado do grande Criador.
Na dispensação cristã há um dia distinto acima dos outros dias da semana como sendo o “dia do Senhor”. Quão completamente este fato nega a pretensão de alguns que afirmam não haver sábado nesta dispensação, mas que todos os dias são iguais! Ao chamá-lo “dia do Senhor”, o apóstolo deu-nos, próximo ao fim do primeiro século, a aprovação apostólica à observância do único dia que pode ser chamado “o dia do Senhor”, que é o sétimo dia da semana.
Quando Cristo estava na Terra, indicou claramente qual era Seu dia ao dizer: “O Filho do homem até do sábado é Senhor” (Mateus 12:8). Se tivesse dito: “O Filho do homem até do primeiro dia da semana é Senhor”, não seria isso hoje apresentado como prova concludente de que o primeiro dia da semana é o dia do Senhor? Certamente que sim e com boa razão. Portanto, deve reconhecer-se como válido o mesmo argumento para o sétimo dia, em relação ao qual foram pronunciadas estas palavras.
Versículos 11-18 — “Que dizia: O que vês, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodiceia. E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; e, no meio dos sete castiçais, um semelhante ao Filho do Homem, vestido até aos pés de uma veste comprida e cingido pelo peito com um cinto de ouro. E a Sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os olhos, como chama de fogo; e os Seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivesse sido refinado numa fornalha; e a Sua voz, como a voz de muitas águas. E Ele tinha na Sua destra sete estrelas; e da Sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o Seu rosto era como o Sol, quando na sua força resplandece. E eu, quando O vi, caí a Seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a Sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu Sou o Primeiro e o Último e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno.”
A expressão “voltei-me para ver” refere-se à pessoa de quem provinha a voz.
Sete candeeiros de ouro — Estes não podem ser o antítipo[8] do candeeiro[9] de ouro do antigo serviço representativo do templo, porque ali havia apenas um candeeiro com sete braços. Fala-se dele sempre no singular. Mas aqui temos sete candeeiros, que são com mais propriedade “suportes de lâmpadas”, suportes sobre os quais se põem lâmpadas para iluminar um aposento. Não têm semelhança com o castiçal do antigo tabernáculo, pelo contrário, os suportes de lâmpada são tão diferentes e tão separados uns dos outros que se vê o Filho do homem andando no meio deles.
O Filho do homem — A figura central e absorvente da cena que se abre na visão de João é a majestosa pessoa do Filho do homem, Jesus Cristo. A descrição feita aqui dEle, com as Suas ondulantes vestes, com o Seu cabelo branco, não pela idade, mas pelo brilho da glória celeste, Seus olhos de fogo, Seus pés fulgurantes como o metal reluzente, e Sua voz como o som de muitas águas, não pode ser superada em seu caráter grandioso e sublime. Subjugado pela presença deste augusto Ser, e talvez por um pesado senso da indignidade humana, João caiu a Seus pés como morto, mas uma consoladora mão é posta sobre ele, e uma voz confortadora lhe diz que não tema. Também os cristãos têm hoje o privilégio de sentir essa mão sobre eles, fortalecendo-os e confortando-os em horas de prova e aflição, e ouvir a mesma voz dizendo-lhes: “Não temas.”
Mas a mais confortante certeza, em todas estas palavras de consolação, é a declaração desse exaltado Ser que vive para sempre e é o juiz da morte e da sepultura. Diz Ele: “Tenho as chaves da morte e do inferno [hades, a sepultura]”. A morte é um tirano vencido. Ela pode recolher nos sepulcros os seres preciosos da Terra e alegrar-se durante certo tempo com o seu aparente triunfo. Mas está realizando um trabalho infrutífero, porque a chave da sua escura prisão foi tomada e está agora segura nas mãos de Alguém mais poderoso do que ela. Ela está obrigada a depositar seus troféus num terreno onde Outro tem controle absoluto; e Este é o imutável Amigo e Redentor comprometido a salvar a Seu povo. Portanto, não se entristeçam acerca dos justos mortos; eles estão em custódia segura. Durante um pouco de tempo o inimigo os retém, mas um Amigo possui a chave do local da sua prisão temporária.
Mas a mais confortante certeza, em todas estas palavras de consolação, é a declaração desse exaltado Ser que vive para sempre e é o juiz da morte e da sepultura. Diz Ele: “Tenho as chaves da morte e do inferno [hades, a sepultura]”. A morte é um tirano vencido. Ela pode recolher nos sepulcros os seres preciosos da Terra e alegrar-se durante certo tempo com o seu aparente triunfo. Mas está realizando um trabalho infrutífero, porque a chave da sua escura prisão foi tomada e está agora segura nas mãos de Alguém mais poderoso do que ela. Ela está obrigada a depositar seus troféus num terreno onde Outro tem controle absoluto; e Este é o imutável Amigo e Redentor comprometido a salvar a Seu povo. Portanto, não se entristeçam acerca dos justos mortos; eles estão em custódia segura. Durante um pouco de tempo o inimigo os retém, mas um Amigo possui a chave do local da sua prisão temporária.
Versículo 19 — “Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas.”
Neste versículo é dada a João uma ordem muito definida para escrever toda a revelação, que se referem, em sua maior parte, a acontecimentos então futuros. Em alguns poucos casos haveria referências a acontecimentos passados ou que estavam ocorrendo, mas essas referências tinham apenas o propósito de introduzir coisas que deviam cumprir-se mais tarde, de maneira que nenhum elo pudesse faltar na corrente.
Versículo 20 — “Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas.”
Representar o Filho do homem como tendo em Sua mão apenas os ministros das sete igrejas literais da Ásia Menor, e andando apenas no meio dessas sete igrejas, seria reduzir as sublimes representações e declarações deste capítulo e dos seguintes a relativa insignificância. O providencial cuidado e presença do Senhor não se limitam a um número específico de igrejas, porém são para todo o Seu povo; não apenas no tempo de João, mas através de todos os séculos. “Eis que estou convosco todos os dias”, disse Ele aos Seus discípulos, “até à consumação dos séculos.” (Ver as observações sobre o versículo 4).
Referências bibliográficas
[1] Escatológico: De Escatologia: Doutrina das coisas que devem acontecer no fim dos tempos, no fim do mundo. Rubrica: Teologia. Doutrina que trata do destino final do homem e do mundo; pode apresentar-se em discurso profético ou em contexto apocalíptico.
[2] THOMPSON, Augusto C. Morning Hours in Patmos, pp. 28, 29.
[3] Ibidem, pp. 34, 35.
[4] BARNES, Albert. Notes on Revelation, p. 62. Ver também Bloomfield, S. T. The Greek Testament With English Notes, Vol. 2, p. 505, comentários sobre Apocalipse 1:4.
[5] BARNES, Albert. Notes on Revelation, p. 62.
[6] John Bunyan: John Bunyan (28 de Novembro de 1628 – 31 de Agosto de 1688, Londres), escritor e pregador cristão nascido em Harrowden, Elstow, Inglaterra, foi o autor de The Pilgrim’s Progress (O Peregrino), provavelmente a alegoria cristã mais conhecida em todos os tempos. Em sua autobiografia, Grace Abounding (“Abundante Graça”), Bunyan descreve a si mesmo como tendo conduzido uma vida abandonada em sua juventude; mas não existe nenhuma evidência que ele era pior que seus vizinhos: o único defeito que ele especifica é a profanação, além da dança e persuasão. O surpreendente poder de sua imaginação o levou a contemplar atos de impiedade e profanação, e a uma vívida realização dos perigos por eles envolvidos. Em particular ele era atormentado por uma curiosidade concernindo o “pecado imperdoável”, e uma preposição que ele já o havia cometido. Ele continuamente ouvia vozes alertando-o a “vender Cristo”, e era torturado por temerosas visões. Depois de severos conflitos espirituais ele escapou desta condição e se tornou um entusiástico e assegurado devoto. Ele foi recebido na igreja Batista em Bedford por imersão no rio Great Ouse em 1653. Em 1655 ele se tornou um diácono e começou a pregar, com marcante sucesso desde o início. Em 1658 Bunyan foi processado por pregar sem uma licença. Não Obstante, ele continuou a pregar e não sofreu um aprisionamento até Novembro de 1660, quando foi levado à cadeia municipal de Silver Street, Bedford. Ali ele ficou detido por três meses, mas, por se recusar a se conformar ou desistir de pregar, seu encarceramento foi estendido por um período de aproximadamente 12 anos (com exceção de algumas poucas semanas em 1666) até Janeiro de 1672, quando Carlos II emitiu a Declaração de Indulgência Religiosa.
Bunyan escreveu O Peregrino em duas partes, a primeira foi publicada em Londres em 1678 e a segunda em 1684. Ele havia iniciado a obra durante seu primeiro período de aprisionamento, e provavelmente terminou-a durante o segundo período do mesmo. A edição mais recente em que as duas partes foram combinadas em um único volume foi publicada em 1728. Uma terceira parte falsamente atribuída a Bunyan apareceu em 1693, e foi reimpressa em 1852. Seu nome completo é The Pilgrim’s Progress from This World to That Which Is To Come (“O progresso do Peregrino deste mundo àquele que está por vir”).
O Peregrino é considerado uma das mais conhecidas alegorias já escritas, e tem sido amplamente traduzido em diversas línguas. Missionários protestantes geralmente o traduziam em primeiro lugar depois da Bíblia. — Cousin, John William (1910). A Short Biographical Dictionary of English Literature. London, J.M. Dent & sons; New York, E.P. Dutton.
O Peregrino é considerado uma das mais conhecidas alegorias já escritas, e tem sido amplamente traduzido em diversas línguas. Missionários protestantes geralmente o traduziam em primeiro lugar depois da Bíblia. — Cousin, John William (1910). A Short Biographical Dictionary of English Literature. London, J.M. Dent & sons; New York, E.P. Dutton.
[7] Nota do revisor: A expressão “domingo”, que se lê em algumas versões não está no original, e algumas versões da Bíblia que saem hoje das impressoras das Sociedades Bíblicas dizem corretamente “dia do Senhor”.
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